sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Opinião: Porque "Os Últimos Jedi" não é tão ruim

FONTE: https://www.elo7.com.br/poster-star-wars-episodio-viii-os-ultimos-jedi-lo010/dp/B7740F

Fala moçada! Depois de um longo e tenebroso inverno estou de volta! Neste final de 2019, com o lançamento de "A Ascensão Skywalker", encerra-se a terceira e (por enquanto) última trilogia de Star Wars. Ainda que o primeiro filme dessa nova trilogia, chamado "O Despertar da Força", tenha dividido a opinião dos fãs, foi o segundo capítulo que literalmente uniu todos em um só lado. Fãs de longa data e até mesmo atores que participaram da epopeia espacial criada por George Lucas em 1977 rechaçaram "Os Últimos Jedi", como se o roteirista e diretor do longa, Rian Johnson (Looper) tivesse destruído o universo de Star Wars. Mas será que o filme realmente é tão ruim assim? Este post é minha opinião sobre os erros e acertos de "Os Últimos Jedi" e, obviamente, contém spoilers sobre o filme. Logo, se você ainda não assistiu e não gosta de spoilers (mesmo em filmes considerados ruins), feche o post e volte depois de assistir. Talvez essa opinião venha a se tornar uma seção fixa do blog, na qual expresso minhas opiniões não tão populares,rs. Bom, mas chega de lenga lenga e vamos para o texto.
Boa leitura e não deixem de comentar.
R.

Começando pelo pior...


FONTE: https://www.slashfilm.com/jj-abrams-on-the-last-jedi-and-star-wars-episode-x/

Antes de assumir meu papel como advogado do diabo, vamos falar sobre os piores momentos de "Os Últimos Jedi". Como a maioria dos filmes da saga, os acontecimentos são relativamente poucos. Basicamente este episódio se divide em três tramas que se desenrolam simultaneamente. A primeira, e que foi o gancho do final do episódio anterior, consiste no encontro entre a nova protagonista Rey (Daisy Ridley) e o agora lendário Luke Skywalker (Mark Hamill). A segunda trama esta centrada na relação telepática que surge entre Rey e Kylo Ren (Adam Driver), vilão que foi apresentado no longa anterior. Por fim, temos a trama da Resistência, liderada pela General Leia Organa (Carrie Fisher, em seu último filme), tentando sobreviver ao ataque da Primeira Ordem, liderada pelo misterioso Líder Supremo Snoke (Andy Serkis com muita computação gráfica). Obviamente estas três tramas se unem de maneira mais ou menos harmônica, culminando em um confronto final entre os mocinhos e os bandidos.


FONTE: http://www.embrulha.com.br/cinema/rodrigo-cirne/2017/12/star-wars-os-ultimos-jedi/

Curiosamente, os piores momentos do filme, na minha opinião, são aqueles protagonizados pelo núcleo da Resistência. Além da General Leia, neste núcleo estão Finn (John Boyega), que em "O Despertar da Força" dividia o protagonismo com Rey, o piloto impulsivo Poe Dameron (Oscar Isaac), também apresentado no episódio anterior e as novas personagens, Rose Trico (Kelly Marie Tran) e Vice-Almirante Amylin Holdo (Laura Dern). Enquanto Rose une-se à Finn em uma sub-trama na qual devem encontrar um decodificador para impedir que a Primeira Ordem destrua a Resistência, a personagem de Laura Dern assume o controle da situação. Por falar nisso, vamos iniciar falando especificamente do conflito entre Holdo e Poe Dameron.

A falta de comunicação dentro da Resistência

Poe Dameron e a Vice-Almirante Holdo (FONTE: https://www.inverse.com/article/42899-last-jedi-star-wars-force-sensitive-admiral-holdo-maneuver).
A trama da Resistência se inicia quando uma frota da Primeira Ordem, liderada pelo General Hux (Domhnall Gleeson) e com a ajuda de Kylo Ren, ataca a base da Resistência. Durante o ataque, Poe ignora as ordens da General Leia e realiza um contra-ataque, destruindo naves inimigas, mas ao custo de naves e vidas da Resistência. Ainda que as naves de Leia consigam saltar no hiper-espaço, a Primeira Ordem está utilizando um rastreador capaz de localizar os alvos mesmo quando estes se deslocam à velocidade da luz. Isto faz com que se inicie uma perseguição entre as naves da Primeira Ordem e as da Resistência, de modo que estas últimas acabam ficando com muito pouco combustível. Durante um ataque, Kylo Ren hesita em atirar na nave de Leia, que para quem não sabe é sua mãe. Todavia, as naves da Primeira Ordem acabam acertando a nave onde a General estava, matando muitos membros da Resistência e deixando Leia em coma (falo mais sobre isso depois). Com isso, inicia-se um cerco das naves da Primeira Ordem as naves restantes da Resistência, que busca chegar até um planeta próximo no qual existe uma antiga base deles. Com Leia fora da jogada, a Vice-Almirante de cabelo roxo assume seu papel. Logo cria-se um clima de tensão entre ela e Poe, que acabou sendo rebaixado por seu ato de insubordinação. 

FONTE: https://www.cbr.com/last-jedi-admiral-holdo-force-sensitive/
O meu problema com esta trama é como Poe age feito um idiota! Ele era um personagem muito relevante no episódio anterior, mas aqui age como se fosse um menino mimado. O piloto começa a desconfiar (por motivo algum) que Holdo esteja querendo entregar a Resistência. Ele então passa a tramar com Finn e Rose, cuja irmã morreu no ataque anterior, um meio de desativar o rastreador da nave inimiga. Além de desobedecer as ordens de Holdo e mandar secretamente Finn e Rose em uma missão em outro planeta, ele cria um motim dentro da nave e tenta aprisionar sua nova comandante. Tudo para no final descobrir que Holdo tinha um plano o tempo todo e apenas não se deu ao trabalho de explicar para um oficial de baixa patente. Ou seja, toda essa sub-trama poderia muito bem ser resolvida com uma boa conversa e um pouco menos de cabeça dura dos personagens. Isso nos pouparia de toda a sub-trama de Finn e Rose, que a propósito...

Finn, Rose e o MacGuffin da vez


Finn e Rose (FONTE:https://www.themarysue.com/rian-johnson-cut-finn-scenes-the-last-jedi/)
De acordo com a Wikipedia, "MacGuffin" é um dispositivo do enredo, na forma de algum objetivo, objeto desejado, ou outro motivador que o protagonista persegue, muitas vezes com pouca ou nenhuma explicação narrativa. Basicamente este termo indica algo que força os personagens a saírem do ponto A até o ponto B, criando as situações necessárias para que os personagens se desenvolvam. Isto foi o que me ficou na cabeça ao ver toda a sub-trama de Finn e Rose. Ainda que ela apresente uma discussão interessante, a de desigualdade entre as classes no universo de Star Wars (traçando um paralelo com o que existe no nosso próprio mundo), a sensação que fica é que estes trechos do filme estão apenas presentes para encher linguiça e preencher as lacunas entre as histórias principais. Na verdade, tudo que esta história nos fornece é um pouco mais do passado de Rose e a criação de um laço entre ela e Finn. Não ocorre nenhum desenvolvimento real dos dois personagens, sendo que Finn foi muito bem mais explorado no episódio anterior. Além disso, temos a presença do personagem de Benício Del Toro, como o decodificador, que apesar da interpretação cheia de trejeitos do ator, acaba sendo totalmente desperdiçado na conclusão da trama (juntamente com a personagem General Phasma, interpretada pela atriz de Game of Thrones, Gwendoline Christie).

O sacrifício da Vice-Almirante Holdo

FONTE: https://www.dailydot.com/parsec/last-jedi-holdo-force-sensitive/
Esta cena me deixou totalmente dividido,rs. Ainda que seja visualmente impactante, cria muitos furos dentro do universo de Star Wars. Me refiro ao "plano" de Holdo. Uma vez que é revelado que ela, obviamente, não está pensando em entregar todos para a Primeira Ordem, a personagem interpretada por Laura Dern resolve fazer um sacrifício, possibilitando assim aos seus aliados fugirem até a base mais próxima. E qual é a grande ideia? Acelerar a nave na velocidade da luz em direção a frota inimiga. O resultado é a destruição de toda frota comandada pelo General Hux, em uma cena impressionante.

FONTE: https://imgur.com/a/o1nW8#2MkjPvh
A ideia é inteligente, mas levanta uma questão: por que nunca ninguém fez isso?? Por que a Resistência não fez isso contra a Estrela da Morte?? E mais, se muitas naves pequenas também podem viajar na velocidade da luz, por que simplesmente não criar mísseis espaciais que viajam na velocidade da luz? Aposto que seria bem mais trabalhoso para o inimigo desviar destes,rsrs. 

A demonstração de Leia

FONTE:https://www.inverse.com/article/39603-star-wars-last-jedi-leia-space-force-powers-rian-johnson
Com todo o respeito à memória e legado da atriz Carrie Fisher, mas a cena de Leia flutuando no espaço utilizando a Força para mim é uma das piores de toda Star Wars. Não, simplesmente não, não aceito o fato de uma senhora de 60 anos de idade sobreviver à uma explosão espacial e ainda flutuar de volta para nave. Isso poderia ter sido feito de mil formas diferentes, mas presentear o espectador com uma cena tão bizarra realmente é de doer. Bom, mas agora vamos ver no que o filme acerta.

A coerência em Os Últimos Jedi

Rian Johnson no set com John Boyega e Oscar Issac (FONTE:https://collider.com/jj-abrams-the-last-jedi-comments-rian-johnson/)
Você pode não gostar dos rumos que  Star Wars tomou, mas apesar das bobagens que citei acima, o roteiro de Rian Johnson apresenta o que eu chamo de "coerência temática". O diretor tinha uma história em mente e se mantém coerente nesta proposta, exceto por um deslize ou outro. E qual seria esta história? Como o próprio título já indica, "Os Últimos Jedi" se trata do legado dos Jedi, personificado por Luke Skywalker. Muitos alegam que Luke na verdade não seria um Jedi, já que não concluiu seu treinamento. Entretanto, ele mesmo se considerava o Mestre Jedi e estava disposto à reviver a Ordem Jedi. Logo, ele seria o mais próximo de um Jedi que sobrou no universo de Star Wars. E agora chegamos ao ponto em que eu sinceramente amei o que o roteiro fez com Luke e os Jedi.

Legado de fracassos

FONTE:https://collider.com/the-last-jedi-mark-hamill-on-luke-skywalker/
A primeira cena em que vemos Luke neste novo filme é uma continuação do final do episódio anterior. Rey finalmente reencontra o lendário membro da Resistência e lhe devolve o sabre de luz que fora de seu pai. E qual a reação de Luke? Simplesmente o pega e joga no penhasco atrás dele.

FONTE: https://collider.com/the-last-jedi-mark-hamill-on-luke-skywalker/
Lá em 2015, tive a oportunidade de assistir O Despertar da Força nos cinemas. Esse episódio nos contava como Luke havia abandonado todos seus amigos para se isolar em um planeta distante após falhar na tentativa de reconstruir a Ordem Jedi e, consequentemente, ajudar na criação de Kylo Ren. A sensação que isso me passou foi a que Luke queria encerrar o velho ciclo de ódio entre Jedi e Siths. E é por isso que o destino de Luke em "Os Últimos Jedi" é tão coerente. Após décadas e duas trilogias de filmes, nós temos bagagem o suficiente sobre Star Wars para entender que Jedi e Siths são dois opostos que se complementam. Enquanto um existir, sempre existirá o outro. Isso fica muito claro quando o Líder Supremo Snoke diz para Kylo Ren que sabia que em breve surgiria alguém muito poderoso para se opor a ele, devido ao fato do filho de Han Solo estar se tornando muito forte no Lado Negro. Ou seja, a Força se baseia no balanço. Se levarmos isto em conta, vemos como a decisão de Luke de abandonar tudo, se fechar para Força e morrer, levando o legado Jedi com ele, faz sentido dentro da premissa explorada nesta e nas outras trilogias. Mas o fim dos Jedi marcaria o fim dos Siths ou então sua dominação total? O filme também apresenta uma resposta para este questionamento.

A real natureza da Força

FONTE:https://www.geeksandgamers.com/five-main-reasons-why-i-hate-the-last-jedi/the-last-jedi-rey-luke-skywalker/
Afinal, o que é a Força? Ao ser questionada sobre isso por Luke, Rey dá uma resposta que parece combinar com muitos fãs da franquia: "É o poder de levantar pedras e controlar a mente das pessoas". Enquanto os Jedi são vistos por muitos como super guerreiros com poderes especiais, mais de uma vez os filmes já mostraram que os mais sábios dentre eles são aqueles que menos lutam. Lá no primeiro filme lançado, Uma Nova Esperança, George Lucas já mostrava que o caminho dos Jedi não é a violência. A luta entre Obi Wan Kenobi e Darth Vader termina com o Jedi abaixando seu sabre de luz e aceitando pacificamente o fim inevitável. Mesmo na segunda trilogia, Yoda tem um embate feroz com Darth Sidious, mas ao perceber a superioridade do Lorde Sith, o sábio mestre Jedi foge e parte para o exílio. Estes e outros momentos na saga nos mostram qual é a filosofia dos Jedi.

Luke se reencontra com R2-D2 (FONTE: https://starwars.fandom.com/wiki/R2-D2)

Inicialmente Luke se nega passar qualquer tipo de treinamento para Rey, porém quando o velho Jedi encontra seu antigo companheiro dróide R2-D2 e este lhe exibe a mensagem de socorro que Leia enviou para Obi Wan no filme de 1977, o Skywalker resolve explicar para Rey porque os Jedi devem acabar. Ele diz que fará isso por meio de três lições. Uma curiosidade é que por algum motivo a última lição nunca é mostrada.

FONTE: http://drunkwookie.com.br/ultimos-jedi/
Na primeira lição, Luke ensina Rey a sentir a Força e como ela preenche tudo no Universo. Com isso ele diz que os Jedi não possuem o monopólio da Força. Mais precisamente, ele diz que os Jedi não são os donos da luz da Força. Ou seja, a Ordem Jedi existindo ou não, restará a Força. E todos os seres vivos podem se comunicar com ela. Se refletirmos sobre isso e como o filme descreve o balanço entre os Lados Negro e Luminoso, pode-se dizer que o surgimento de usuários poderosos do Lado Negro se deve ao fato de usuários do Lado Iluminado estarem "sugando" a Força para eles, criando assim focos de ausência de luz igualmente poderosos. Com essa lição, Luke não só demonstra como é pessimista sua ideia quanto ao surgimento de novos Jedi, mas também reafirma que a Força deve estar disponível à todos e não só à um grupo religioso específico. Este ponto é extremamente coerente com o conceito de sensitivos à Força, que ganhou destaque com o lançamento dessa trilogia, além de que inspira a cena final do filme, na qual o garotinho escravo atrai uma vassoura para sua mão utilizando a Força e a ergue como um sabre de luz.

O garotinho com a vassoura (FONTE: https://www.inverse.com/article/39741-last-jedi-ending-force-broom-kid-temirlan-blaev-temiri-blagg).
 A segunda lição de Luke é sobre a arrogância dos Jedi. Isto ficou muito claro na trilogia prequel, em que vimos como a prepotência da Ordem Jedi impediu que eles percebessem os movimentos do Senador Palpatine, o que culminou no fim da República e da própria Ordem Jedi. Novamente com esta lição Luke quer reafirmar que os Jedi não são necessários e que o legado deles é de fracassos.
Paralelo às lições, Rey começa a ter um link mental cada vez mais forte com Kylo Ren, de modo que a garota começa a acreditar que o líder da Ordem dos Cavaleiros de Ren ainda possui luz em seu interior. Este conflito nos leva a outro momento que considero muito bom no roteiro de Rian Johnson,que é a mesma história contada por dois pontos distintos, sendo a verdade uma mistura de ambos. A queda de Kylo Ren é descrita primeiramente por Luke para Rey. Nesta primeira descrição, Luke conta que tentou matar Kylo por sentir o Lado Negro crescendo nele, mas se arrependeu antes de atacá-lo. Porém, Kylo acordou e viu seu mestre o atacando e revidou furiosamente, matando os demais alunos da Academia Jedi fundada por Luke.

Rey conversa com Kylo por telepatia (FONTE:https://www.jasonscottmontoya.com/movies/383-last-jedi-review).
Porém, mais para frente, o próprio Kylo mostra para Rey sua versão da história, na qual ele é um jovem assustado por ser atacado pelo seu mestre e apenas revida para sobreviver. Isso faz com que Rey comece a duvidar das intenções de Luke. Porém, ao confrontar o Mestre Jedi sobre o que realmente aconteceu, temos uma terceira cena, que mostra que o evento foi uma mescla entre as duas narrativas. Eu achei isso simples, mas muito inteligente.
Como já havia dito, antes da última lição de Luke, Rey decide partir para ajudar seus amigos da Resistência. Para isso ela faz o mesmo que o então jovem Skywalker fez no episódio VI: se entregar para o inimigo. 

Rey e Kylo Ren (FONTE:https://cinemacao.com/2018/04/10/em-defesa-de-kylo-ren/).
Ainda que alertada por Luke sobre como isso acabaria mal, Rey tem esperanças que possa trazer Ben Solo de volta ao Lado Luminoso. Aqui eu tenho que ressaltar outro detalhe interessante: a mudança no penteado de Rey após o "treinamento" com Luke, assim como os antigos padawans faziam na Ordem Jedi.
Ao confrontar-se com o líder da Primeira Ordem, Snoke, Rey descobre que ele foi o responsável pela criação de um link mental entre ela e Kylo Ren. Além disso, é revelado que os pais da garota não são ninguém em especial, mas sucateiros que a abandonaram no planeta Jakku. Este é outro aspecto extremamente coerente com a proposta de Rian Johnson: a de que não só a Força não pertence aos Jedi, mas também não pertence à um clã em específico, como os Skywalker. Infelizmente (ou não) isso parece mudar no último filme da trilogia.

O Supremo Líder Snoke (FONTE: https://pics.alphacoders.com/pictures/view/194507)
Enquanto Rey tenta trazer Kylo Ren para o Lado Luminoso, Snoke pretende seduzir a jovem para o Lado Negro, em uma cena que remete novamente ao episódio VI. Porém, aqui temos um plot twist que desagradou muita gente: o assassinato de Snoke por Kylo Ren. Muitos dizem que não faz sentido algum um usuário tão poderoso da Força como Snoke ser derrotado tão facilmente. Eu acredito que estas pessoas têm um ponto, mas devemos lembrar que Kylo Ren também é muito poderoso, de modo que a derrota do Supremo Líder por suas mãos não é todo estranho. E depois disso temos a cena em que Rey e Kylo unem forças para derrotar os guardas de Snoke. Sinceramente achei essa cena muito boa e empolgante, como toda aquela em que dois inimigos mortais se unem por um objetivo em comum,rs.
Só que nem tudo são flores para jovem Rey: Kylo Ren não está disposto a ceder para o Lado Luminoso e, ao invés disso, deseja que ela se una ao Lado Negro como sua aprendiz. Obviamente a garota recusa e, após o impacto da nave de Holdo, consegue fugir até a base da Resistência.

A escolha de Luke


FONTE: https://www.cbr.com/star-wars-the-last-jedi-luke-leia-reunion-bts-scene/
Enquanto a Resistência luta contra o ataque da Primeira Ordem, Luke decide acabar de uma vez com o legado dos Jedi, ateando fogo nos manuscritos do antigo Templo Jedi que existe no planeta em que ele está recluso. Para sua surpresa, Mestre Yoda surge como um espírito da Força. O antigo mestre conversa com o Skywalker e faz com que ele relembre o que é ser um Jedi de verdade. Aqui entra a cena que muitos odiaram e fez com que amaldiçoassem Rian Johnson. Luke surge no planeta onde está a base de Resistência e aparentemente está disposto a derrotar Kylo Ren de uma vez por todas. Todavia, descobrimos que ele na verdade permanece no planeta onde se isolou e apenas projetou uma ilusão sua para que a Resistência ganhasse tempo para fugir. Muitos odiaram essa cena por acharem que a atitude de Luke não combina com o jovem corajoso e destemido apresentado na primeira trilogia. O próprio Mark Hamill deu muitas entrevistas dizendo que este não era seu Luke. Seja como for, a atitude de Luke é coerente com o roteiro proposto por Rian Johnson. Além disso, o Mestre Jedi dá uma demonstração absurda de poder, talvez a maior já vista até então (não estou considerando a cena de Leia,rs) ao projetar uma ilusão sua por anos-luz até o planeta onde a luta final está sendo travada. A energia necessária para fazer isso é tanta que após finalizar sua ilusão, Luke acaba morrendo de exaustão. Porém, antes de partir, o Mestre Skywalker observa o pôr dos sóis, tal como no filme de 1977.

FONTE: http://mrmovierbknapp.blogspot.com/2017/01/post-coming-soon_1.html

Conclusões

FONTE: https://nerdficina.com.br/star-wars-the-last-jedi-1440x900-carrie-fisher-mark-hamill-oscar-10740-1-jpg/
Ainda que a base de detratores de "Os Últimos Jedi" seja forte, creio que o principal acerto do filme é justamente finalizar a história de Luke. Apesar de Mark Hamill não concordar com o rumo que o personagem tomou, este se torna muito natural após revermos todos os filmes que compõem a saga. Assim como Luke, nós espectadores também deveríamos estar cansados da eterna disputa entre Bem e Mal, Jedi e Sith. Acredito que "Os Últimos Jedi" é aquele tipo de filme que ousa desafiar a expectativa dos fãs e, quem sabe, no futuro ainda será reconhecido por seus méritos.
Quanto ao novo filme que estreia agora, "A Ascensão Skywalker", acredito que a influencia dos fãs poderá desconstruir os planos originais para esta nova trilogia. Ainda que Rian Johnson seja apontado como o grande culpado por tudo, devemos lembrar que JJ Abrams também esteve envolvido na Produção Executiva de "Os Últimos Jedi" e criou os pilares para esta história em "O Despertar da Força". Logo, acredito que esta era a história que eles realmente queriam contar, mas por pressão dos fãs, pode ter sido totalmente modificada neste novo filme. Como alguém disse uma vez, muitas vezes os fãs não sabem o querem.
Enfim esta é minha opinião. Se tiver algum comentário não deixe de escrever e nos vemos no próximo post.

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