domingo, 12 de agosto de 2012

Nanquim&Celulóide # 4: Pokémon (1997-1999)

FONTE: http://www.pokemony.com/pokemon-17-Indigo-League
Fala moçada! Depois de muito tempo volto aqui com novo post, continuando a falar de Pokémon!
Para minha alegria, o blog recebeu o primeiro comentário (XD). Um obrigado para o leitor Gustavo que comentou o último post sobre Pokémon!
Ah, vocês devem ter percebido que agora as postagens estão no formato "resumido", sendo que é necessário clicar no título do post (ou em "ler post completo") para ler tudo. Achei que assim fica mais organizado ;)
Bom, agora vou falar sobre o "Lado B" : o anime de Pokémon! Só que como ele atualmente conta com mais de 700 episódios (dividido em 4 séries, mas que considero parte de um anime no todo :P) e eu não assisti tudo isso,rs, vou me comprometer apenas a abordar a primeira temporada, que conta a jornada de Ash e cia pela Liga Indígo (baseando-se nos jogos Red e Blue).
Então, venham comigo que nossa jornada Pokémon vai começar!

R.

P.S.: Não esqueçam de comentar! Rsrsrs


Lado B: O anime: Pokémon (1997-1999)

FONTE: http://thewake.wikidot.com/ash-ketchum
 Como já havia dito no post anterior, o imenso sucesso das duas versões do jogo para o Game Boy (Pokémon Red e Green) fizeram com que a Nintendo em parceria com o estúdio Oriental Light and Magic (OLM), a editora Shogakukan e a Tv Tokyo desenvolvessem um anime.
Sob a direção de Masamitsu Hidaka, "Pocket Monsters" estreou na tevê japonesa no dia 1º de abril de 1997. A primeira temporada, que é baseada nos games originais, constitui os 82 episódios iniciais, sendo o último exibido no dia 21 de janeiro de 1999.

Masamitsu Hidaka, diretor do anime durante as 5 primeiras temporadas (FONTE: http://narutotodosdias.blogspot.com.br/2011/02/entrevista-com-masamitsu-hidaka.html).
Apesar do sucesso da série e dos games, o anime só veio a ganhar o mundo com o famoso incidente do episódio que causou convulsões nos espectadores (foi até matéria do Fantástico e o primeiro contato de muitos fãs com Pokémon). O que ocorreu foi o seguinte: no dia 16 de dezembro de 1997, foi ao ar o 38º episódio da série, intitulado "Denno Senshi Porygon" (literalmente, Soldado do Computador Porygon). Este apresentava os heróis embarcando em uma aventura num tipo de mundo virtual dentro do computador, cuja proteção era feita por Porygon (um Pokémon criado artificialmente, como o próprio jogo original explica).

Brock, Ash, Pikachu e Misty com Porygon ao fundo (FONTE:http://astronerdboy.blogspot.com.br/2011/08/dont-let-your-child-watch-any.html).
Pois bem, acontece que em dado momento do episódio Pikachu lança o ataque que é sua marca registrada (o Choque do Trovão) e neste momento,pela aventura se passar em um mundo virtual, os animadores utilizaram um efeito de luzes piscantes em alta velocidade, alternando entre o azul e o vermelho. O que muita gente não sabe é que existe um tipo de "doença" (ou seria estado?) chamado "epilepsia fotossensível" que se manifesta quando a pessoa é exposta a feixes muito fortes e rápidos de luz. Infelizmente, muitas pessoas podem passar a vida toda sem saber que possuem esta "restrição", mas existe um teste relativamente simples que é feito com a eletroencefalografia (eu já fiz, o médico fica piscando uma lanterna enquanto você está sendo monitorado pelo aparelho, não deu nada, ainda bem :D).

A cena (FONTE:http://pokemontrainingzone.blogspot.com.br/2010_12_01_archive.html)
O resultado foram 685 telespectadores hospitalzados com convulsões em todo o Japão, com duas internadas por mais de duas semanas. A notícia chegou ao mundo todo e a série saiu do ar, ficando em hiato por 4 meses, só retornando em abril de 1998. Desde então, os produtores tomaram algumas providências: primeiro, o episódio foi banido e nunca mais exibido, sendo desconsiderado da cronologia oficial e Porygon também não deu mais as caras; e segundo, toda vez que ocorre algum brilho muito forte na série, eles adicionam um tipo de "filme" mais escuro, que serve de proteção para diminuir o brilho (os fãs mais atentos devem ter percebido que sempre que Pikachu vai dar um Choque do Trovão a tela fica mais escura). E assim, um incidente que poderia acabar de vez com a série, acabou a promovendo. Hoje em dia o único modo de ver o tal episódio, segundo dizem, é via Internet (eu nunca quis saber de assistir, vai saber né?).
Pois bem, vamos falar um pouco da série no Brasil.  A série foi exibida primeiramente pela Rede Record, em um caso inédito onde um anime chegou primeiro na tevê aberta, no ano de 1999. A primeira temporada teve sua exibição completa entre abril de 1999 e março de 2000. Posteriormente, a série estreou no canal por assinatura Cartoon Network, em setembro de 1999. Não é nem preciso dizer que a série virou verdadeira febre entre a molecada e um verdadeiro pesadelo para a Rede Globo, que tinha que competir com Eliana e os Monstrinhos de Bolso. Aqui houve o lançamento de um sem número de produtos derivados: álbums de figurinhas, CD's, quadrinhos,brinquedos, mochilas,cardgame,etc. Até uma revista oficial só falando sobre Pokémon foi lançada: a Pokémon Club, pela editora Conrad (mesma que prometeu lançar um mangá aqui sobre Pokémon que nunca chegou as bancas :P).

Capa da primeira dedição da Pokémon Club (FONTE:http://otakusrp.forumeiro.com/t231-pokemon-club).
Por ser oficial, ela tinha acesso a informações direto do Japão, de modo que saiu na frente e pode mostrar aos fãs brasileiros muitos dos novos Pokémons da segunda geração, além de falar sobre os futuros episódios.
O sucesso foi tanto que até o longa-metragem da série (Mewtwo contra Ataca, de 1998) ganhou exibição nos cinemas nacionais, além do filme seguinte (O Poder de Um, de 1999).

Pôster do primeiro filme (FONTE:http://www.arenapokemon.com/2012/04/pokemon-o-filme-mewtwo-contra-ataca.html).
Infelizmente, Pokémon tem um aspecto que o difere essencialmente da imensa maioria de animes que foram exibidos no Brasil... ele é, como posso dizer, um anime "pré-licenciado". Eu explico: normalmente, quando algum licenciante deseja trazer uma série para o Brasil, ele deve ir negociar diretamente com quem tem os direitos da referida série. No caso dos animes, na maior parte da vezes, o dono é o próprio "dono" original, ou seja, as empresas proprietárias do anime no Japão. Porém, com Pokémon foi diferente, pois a licença mundial do mesmo ficou sendo de posse da Nintendo of America, que por sua vez a ortogou (que palavra bonita né? Rsrs) à 4Kids Entertainment, uma produtora americana especialista em comprar direitos de animes e desenhos infantis. Ou seja, quando o pessoal que trouxe Pokémon para o Brasil quis licenciar a série, teve que ir atrás da 4Kids, que era detentora dos direitos para esta região. Porém, a 4Kids, juntamente com a Nintendo of America, já havia adaptado toda a série para o Ocidente, utilizando os nomes de Pokémon e personagens estabelecidos para as versões ocidentais dos jogos. Como resultado, Pokémon chegou aqui já "semi adaptado", diferente de muitos outros animes que eram traduzidos e adaptados da versão japonesa. Em poucas palavras, podemos dizer que a série que vimos não é a série japonesa, é a adaptação americana. Isso é ruim? Sinceramente, não sei, pois nunca vi a série original. Basicamente, as maiores diferenças ficam por conta da abertura e encerramento, os letreiros que aparecem nos episódios, algumas adaptações de costumes ocidentais e mesmo o popular "pré-comercial" que pergunta "Quem é esse Pokémon?", que difere do original na imagem da tela, fora os logos e a retirada de elementos considerados "impróprios para um desenho infantil" (o que incluiu a exclusão de 2 episódios inteiros :P).
Bom, tendo explicado tudo isso, vamos falar um pouco da história?

- O enredo

Profº Carvalho, Pikachu e Ash (FONTE:http://www.animetail.com/anime/pokemon-indigo-league/).
Como disse anteriormente, a história do anime se baseia na premissa básica do jogo. Tudo se inicia com Ash Ketchum (que no Japão chama Satoshi, em homenagem ao criador dos games, Satoshi Tajiri) um garoto prestes a completar 10 anos e que vive com sua mãe na cidade de Pallet. No início do anime ficamos sabendo que 10 anos é a idade miníma para se tornar um treinador Pokémon e sair por ai batalhando e capturando os Monstrinhos de Bolso. Também é explicado que todo jovem parte de sua cidade tendo que escolher um dos três Pokémons iniciais, disponíveis no laboratório Pokémon da localidade (Bulbassaur, Squirtle e Charmander, para quem esquecer :S). Ash está ansioso para partir em sua jornada, tanto que acaba dormindo tarde e acordando atrasado para comparecer no laboratório do Profº Carvalho, o especialista em Pokémon de Pallet. Ao chegar de pijamas no local, para pegar seu primeiro Pokémon, ele acaba encontrando com Gary Carvalho, neto do Profº Carvalho e seu rival desde pequeno (curiosamente, seu nome em japonês é Shigeru, em homenagem ao criador do Mario, Shigeru Miyamoto), que já pegou seu primeiro Pokémon e parte para a jornada.

Ash encontra Gary (FONTE: http://www.pocketmonsters.net/characters/10).





Como Ash chega muito tarde, o Profº diz que todos os três Pokémons iniciais já foram levados por outros treinadores, para desespero do menino. Para não deixar ele na mão, Carvalho diz que ainda sobrou um último Pokémon, só que este é um pouco "problemático". Se trata de Pikachu, um Pokémon rebelde que não aceita ficar dentro da Pokebola e não tarda a dar um Choque do Trovão em seu novo mestre.

Ash e Pikachu (FONTE:http://paniinipop.blogspot.com.br/2012/02/yhtena-iltana-aikuiset-lapsia-ois.html).
No começo a dupla não se dá nada bem, mas tudo muda quando durante um ataque de Pokemons selvagens, Ash protege o ratinho elétrico e acaba ganhando sua simpatia. Dali pra frente ambos se tornam os melhores amigos de toda a série.
Por falar em amigos, durante sua jornada Ash acaba conhecendo Misty, uma garota temperamental que o segue para que este pague sua bicicleta (que Pikachu destruiu com o Choque do Trovão) e Brock, um líder de ginásio que segue o garoto para se tornar o maior criador de Pokémons do mundo.

Brock, Ash e Misty (FONTE:http://www.animevice.com/pokemon/11-5185/all-images/84-48863/brockash/83-2615/).
O trio de protagonista, além de se empenhar em sua jornada para capturar Pokémons, têm que se defender dos constantes ataques da Equipe Rocket: um trio de vilões compostos por Jessie, James e Meowth (um Pokémon falante), que desejam roubar Pikachu, pois acham ele um Pokémon com uma força acima do normal. Mas no fim os vilões acabam sendo o alívio cômico da série, sendo sempre detonados por Pikachu e seus amigos.

James, Meowth e Jessie (FONTE:http://www.giantbomb.com/team-rocket/92-1469/).
Durante todo este primeiro "arco" de aventuras, acompanhamos a jornada de Ash para derrotar os 8 líderes de ginásio e obter suas insígnias (como no game original) para assim poder participar da Liga Pokémon, um tipo de torneio que reune todos os treinadores que conseguiram derrotar os líderes de ginásio (diferente do game).

- Criticando o "mito":

FONTE:: http://freedomfanfic.i8.com/rev/PokemonSeason1Review.html
Não há como negar a importância de Pokémon no mundo dos animes, não só no Brasil, como no próprio Japão e no resto do mundo. Foi Pokémon que instaurou uma verdadeira febre de séries no estilo "monstrinhos com super poderes", que originou animes como "Digimon", "Monster Rancher", "Bucky" e uma infinidade de outros. Porém, mesmo eu sendo fã da série (principalmente por ela ter feito parte da minha infância e adolescência) não posso fechar os olhos para os inúmeros defeitos do anime. Sim, Pokémon falha feio em muitos aspectos. E digo isso não só quando avalio o anime como uma adaptação, mas como uma série independente também. Falarei primeiramente de onde Pokémon falha como anime em si.
Para começar, a série segue uma estrutura muito mais parecida com os desenhos animados americanos do que os tradicionais animes. Basicamente, cada episódio é um acontecimento fechado, seguindo a fórmula: Ash e cia chegam à alguma cidade, conhecem personagens do local com algum drama à ser resolvido, em algum momento a Equipe Rocket aparece com uma nova engenhoca para capturar o Pikachu; os personagens da cidade acabam envolvidos na batalha, mas no final o ratinho elétrico dá um jeito em tudo e a Equipe Rocket acaba "decolando de novo". E assim o anime vai seguindo, como poucas variações durante os episódios. Não há aqui um sentimento de "evolução" dos personagens (e não estou falando dos Pokémon ¬¬) e do enredo, como temos ao assistir um anime mais tradicional (como DBZ, Naruto,etc). De modo que o telespectador pode tranquilamente perder dois ou três episódios que isso não prejudicará em nada seu entendimento da série. Isso faz com que a experiência de assistir Pokémon seja um tanto quanto aleatória: é divertido, mas a maioria logo deixará de se lembrar de um episódio em particular.
Algo que poderia explicar o argumento citado acima é o fato de Pokémon ser claramente um anime voltado para crianças. E aqui não estou dizendo "jovens garotos" (shonen), mas crianças mesmo, com seus 6 ou 7 anos. E isso não é "mérito" da 4Kids e da adaptação americana, mas da série original mesmo. Percebemos isso pela ausência de profundidade nos personagens e, principalmente, pelo conceito de "série repetitiva". Dizem que as crianças adoram assistir um desenho repetidas vezes e com Pokémon isso é sim possível, uma vez que são poucas as diferenças entre um episódio do início da temporada, para outro perto do fim (no tocante a enredo, personalidade dos personagens, etc.). Eu considero como prova disso o fato de a maioria dos Pokémons de Ash não evoluirem. Uma vez li em uma comunidade no Orkut que falava sobre o desenho chamado "Caverna do Dragão". Muitos estranham o fato desta série não ter um final específico (na verdade foi cancelada antes disso). Um dos participantes da comunidade então comentou que as séries americanas daquela época gostavam de se estruturar desta forma, já que sem um final, o desenho poderia ser repetido inúmeras vezes na tevê, dando a impressão que era mais longo. Pensando sobre isso, acredito que Pokémon adota uma ideia similar: como não há uma evolução perceptiva no enredo e nos personagens, os episódios podem ser repetidos vezes sem fim, como ocorreu aqui no Brasil, sem se tornarem redundantes.
Bom agora vou analisar o anime como adaptação em si, onde ele também falha muito, o que pode deixar os fãs do game (como eu) muito irritados ><;

- Anime X Game:

FONTE: http://tvkidstotalmenteonline.blogspot.com.br/p/horarios.html
 Como a maioria dos jogos, Pokémon (o game do Game Boy) tem uma história básica, mas cujo o desenvolvimento em si depende das ações dos jogadores. Contudo, a história está lá! O que deixa muitos fãs dos games "fulos" da vida é que na adaptação para o anime não só aspectos da história geral foram descartados (aparentemente sem motivo algum), mas o próprio mundo e as regras criadas para ele por Satoshi Tajiri foram deixadas de lado. Vou agora citar algumas relações entre os games e o anime e onde elas foram modificadas (ou permaneceram iguais).

I- Ash Ketchum: o "protagonista":

FONTE:http://pokemonteamcrysis.blogspot.com.br/2011/01/episodios-de-pokemon-episodio-001.html
Com certeza um dos fatores que fazem muitos fãs dos games detestarem o anime: seu protagonista! Não, não é que eu odeie Ash, mas como protagonista ele deveria assumir o papel que o jogador assume ao jogar os games e não é isso que ele faz. É claro que é normal os criadores de um anime fazerem seu personagem ter pouco conhecimento do mundo em que vive, para assim introduzir ele e o telespectador as regras que regem aquele universo (além do que, Ash é uma criança de 10 anos). Mas aqui eles pegam pesado! Para alguém que deseja ser o maior Mestre Pokémon do mundo, Ash simplesmente não tem conhecimento algum sobre os Monstrinhos. E o pior: ele não evolui absolutamente nada do início da série até o final da temporada (e muito pouco até os episódios mais atuais,rsrs). Ele continua cometendo os mesmo erros nas batalhas, erros que até os players mais "noobs" são capazes de evitar nos games. Só que a culpa não é totalmente dele, uma vez que as regras do anime também são diferentes dos games. Mas mesmo seguindo estas "regras", Ash ainda consegue ser pior que muitos treinadores "random" que aparecem durante os episódios. Mas mesmo assim, ele usa do super poder do protagonismo para continuar seguindo em frente e vencendo as batalhas. Infelizmente, a maioria daqueles que seguirem o anime logo vão ficar de saco cheio da falta de crecimento do personagem principal (e não estou falando do crescimento físico, já que fazem mais de 15 anos que ele tem 10 anos,rs).
Como curiosidade, vale dizer que apesar de Ash não começar com nenhum dos Pokémons iniciais dos games, os produtores do desenho dão claras dicas que ele é identificado como um jogador que escolheu Charmander como seu primeiro Pokémon. Evidências disso são que de todos os Pokémons iniciais que ele conseguiu, só o Charmander evoluiu, atingindo o último nível (Charizard). Além do que, Gary Carvalho, o rival de Ash, possui um Blastoise, que seria a escolha do rival no game caso o jogador opta-se pelo lagarto de fogo.

Charizard após evoluir (FONTE:http://imperiowordpokemon.blogspot.com.br/2010/05/charizard.html).
Talvez isso explique o porque Ash é um treinador tão fraco, já que começar com o Charmander é mais difícil,rsrsrs. E por falar nisso...



II- O sistema de batalhas:

FONTE:http://www.pokemonmythology.org/t22193-qual-a-diferenca-entre-thunder-thundershock-e-thunderbolt
Ai está o segundo maior motivo para os fãs do game odiarem o anime (e talvez seja também a causa do primeiro,rs): o sistema de batalhas dos jogos originais foi jogado no lixo! Lembra que eu falei no post anterior sobre como os ataques dos Pokémons são fracos ou fortes dependendo do tipo do adversário? Pois os produtores simplesmente acabaram com todo o trabalho de Tajiri e sua equipe. Sabe-se lá porque...
Os ataques elétricos não causam efeito nos Pokémon de pedra? Dane-se, Pikachu é o principal e ele vai vencer de qualquer jeito!
E sobre ataques aprendidos de acordo com os níveis ganhos? Esqueça! Basta dizer o nome do ataque e o Pokémon vai lá e faz (mas nem isso salva Ash de ser um noob,rs). E a evolução... o que dizer? Ash não está nem ai para evoluir seus Pokémon e quando os mesmo mudam de forma, dois ou três episódios depois ele os abandona, ou liberta.
O lema da série ("Temos que pegar!") também só vale para os fãs comprarem todos os produtos da franquia, já que muitas vezes Ash tem condições de capturar um Pokémon e simplesmente não o faz... ¬¬
E falando nisso...

III- A Liga Pokémon:

FONTE: http://www.cizgifilmlerizle.com/anime/144/Pokemon-Sezon-3
Enquanto nos games originais o objetivo do jogador é derrotar os 8 líderes de ginásio, pegar as insígnias e enfrentar a Elite 4, no anime é um pouco diferente... Após obter as insígnias, Ash ganha o direito de participar do torneio da Liga Pokémon: um torneio onde os melhores treinadores do continente se encontram para decidir quem vai ser o campeão (e que parece as Olimpíadas). Até ai tudo bem, é até interessante. Porém, aqui temos um sub-aproveitamento "monstro" (sem trocadilhos) de um personagem que era muito mais marcante nos games: Gary Carvalho!

FONTE:http://bulbapedia.bulbagarden.net/wiki/Gary_Oak
Enquanto nos games ele é mesmo um rival, aqui ele virou um tipo de... sei lá, personagem sem muita importância que só serve para importunar o Ash em alguns momentos. E o pior: ao invés de ele ser o antagonista principal na competição da Liga, eles simplesmente inventaram um "cover" de Ash, chamado Ritchie e que possui a maioria dos Pokémons iguais ao do herói.

FONTE:http://pokemon.wikia.com/wiki/Ritchie
E já que falamos em rivais...

IV- A Equipe Rocket:

FONTE: http://www.angelfire.com/pa3/teamrocketspkmnsite/index.html
Eu adoro a Equipe Rocket (muitas vezes até torço por eles,rs), mas não há como negar que a organização criminosa dos games aqui virou uma gangue qualquer. E pior, com raras exceções vemos outros integrantes além de Jessie, James e Meowth, sendo que nos games originais havia toda uma trama com a Equipe Rocket que, inclusive, envolvia o líder do ginásio da cidade de Veridian (aqui Ash nem chega a lutar contra ele :S). E eles eram sim antagonistas no game, e de respeito.
Por falar neles, fica uma curiosidade: no original o nome de Jessie e James é Musashi (Jessie) e Kojiro (James), que é uma referência à dois famosos samurais japoneses: Miyamoto Musashi e Sasaki Kojiro. E, para quem não notou, os nomes ocidentais também são referência à um personagem histórico e, porque não dizer, tipo de samurai americano: o lendário bandido Jesse James, do Velho Oeste.

V- A"infantilização" do mundo de Pokémon:


FONTE: http://www.nintendoblast.com.br/2012/02/stage-select-lavender-town.html
Há ainda algumas outras coisas para se falar sobre a adaptação, mas vou encerrar com isso. Como disse anteriormente, Pokémon é um anime para crianças, mas o game não é tão infantil assim. De modo que muitas referências mais adultas na história original foram cortadas ou modificadas do anime. Prova disso é a Torre Pokémon (que até gerou lendas urbanas na Internet), que no original é um cemitério de Pokémons, mas no anime é simplesmente uma casa assombrada. Outras referências, como o fato de alguns Pokémons serem iguárias gastronômicas (da onde você acha que vem a carne que Ash e cia comem?) também foram limadas. Sendo que no game os Pokémons são tratados como os animais do nosso mundo, ou seja, eles também são fontes de alimento para os humanos. Ouvi falar que a retirada da violência também foi ideia do próprio Tajiri, que é produtor do anime. Bom, de qualquer forma, infelizmente nós vivemos em um mundo onde morte e violência existe e a retirada de tais fatos do anime fazem com que ele perca muito de sua credibilidade (apesar que é estranho falar isso de um anime com monstrinhos com super poderes,rs), o que não ocorria no game. Apesar que, como disse antes, nós é que estamos de "gaiato no navio" já que Pokémon é direcionado, volto a repetir, à crianças!

- Finalizando...

FONTE: http://www.animevice.com/brock/18-21878/all-images/84-56367/pokemon_indigo_league___072___go_west__young_meowth_b1d6eb7c__uc_pichus__20025_0001_1_/83-45530/
É óbivo que eu adoro Pokémon! Mas diferente do game, não considero o anime indispensável. Este é um anime bom para passar algum tempo colado na tevê, mas não é aquele que se tornará memorável, apesar de estar no coração de muitos fãs devido ao carisma da marca e, principalmente, a memória afetiva. De qualquer modo, hoje em dia a marca já não tem o mesmo "hype" de antes, apesar de ainda constar nas telinhas vez ou outra (pela Rede Tv!). Mas como já falei sobre "Saint Seiya", Pokémon merece nosso respeito principalmente por ter uma boa ideia (ainda que não bem aproveitada) e por ser um dos desbravadores dos animes e mangás aqui no Brasil.
É isso ai pessoal! Até mais e não se esqueçam de comentar!

FONTE: todas as informações aqui utilizadas foram retiradas da página em inglês da série na Wikpédia, bem como de suas ramificações.
Link: http://en.wikipedia.org/wiki/Pok%C3%A9mon_%28anime%29

4 comentários:

  1. Eu era muito fã desse anime quando criança, assistia todo o dia na eliana, tinha bonecos, comprei o CD (e ainda tenho aqui em casa), comprei algumas edições da Pokémon Club, colecionava os Cards e até assisti o primeiro filme do Mewtwo (confesso, chorei no final). Sem dúvida essa série marcou minha infância. Hoje em dia eu já deixei o anime de lado (por ser muito infantil) e acompanho mesmo só os games, no fim do ano tem Pokémon X e Y.

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    1. Eu também passei por essa fase de ouro de Pokémon e fiz tudo isso Marcus,rsrs.
      Obrigado pelo comentário!

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  2. Mais uma série que se perdeu no fundo de nossos corações, tornando-se apenas mais caça níqueis, rebootando sem parar

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    1. Realmente uma pena, já que a história tem um grande potencial. Obrigado pelo comentário!

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