PRESS START # 3: Pokémon Red/Blue (GB)

FONTE: http://www.thescoreonline.com/review-pokemon-red-and-blue/

Fala moçada! Depois de muito mais tempo do que eu previa, volto com post novo no blog! Já ouviram falar de "bloqueio criativo"? Estava sofrendo com isso estes dias,rs. E na pior hora possível, já que amanhã recomeçam minhas aulas e meu tempo ficará muito mais curto (mas, na medida do possível, me dedicarei ao blog nos fins de semana).

Para coroar esta primeira fase do blog, antes da agitação das aulas, resolvi falar sobre aquele que considero um dos três pilares centrais responsáveis pela popularização dos animes, mangás e afins aqui no Brasil: Pokémon! Mas antes de falar sobre o anime e o fenômeno que ele causou no nosso querido país, tenho que ser justo e contar a origem da marca. Ou seja, os games para o console portátil da Nintendo. De modo que aqui teremos mais uma dobradinha "Lado A/ Lado B", começando com os games originais e seguindo para o anime, na sessão "Nanquim&Celulóide". Ah, e já vou avisando que vou apenas comentar sobre a primeira fase do anime (que compreende a Primeira Geração dos monstrinhos de bolso). Mesmo porque Pokémon se tornou uma coisa tão grande, que eu que me gabava de conhecer todos os 151 originais, hoje já estou mais perdido que cego em tiroteio,rsrs. E acredito que a Primeira Geração é a que realmente marcou todos os fãs antigos e o mundo como um todo, ajudando a consolidar a marca.

Pois bem, agora vamos viajar até as origens de Pokémon e (tentar) descobrir o porque da ideia de Satoshi Tajiri ter virado febre no mundo todo. Com vocês: Pokémon Red & Blue.

R.

P.S.: Agradeço muito pelas visitas no blog, mas volto a pedir: comentem os posts! Isso é um modo de melhorar o blog e o meu modo de escrita também, além de saber quais pontos estão agradando mais. Apenas pelo número de visitas, só tenho uma vaga ideia de quais assuntos estão bombando. Por falar nisso, o campeão de visitas até agora tem sido a série sobre "Dragon Ball" (a parte 3 tem até agora mais de 80 views). Comentem!

LADO A: Os jogos originais: Pokémon Red & Blue (1996-1998)

A tela de abertura de Pokémon Red (FONTE:http://www.psypokes.com/forums/viewtopic.php?p=460231).

Era uma vez uma revista independente chamada Game Freak, cujos fundadores eram dois jovens chamados Satoshi Tajiri e Ken Sugimori. Tajiri era o responsável pelos textos da revista, enquanto Sugimori cuidava das ilustrações. Como o próprio nome já sugere, a Game Freak era uma revista especializada em games. Ela era publicada de forma independente (como os famosos fanzines) durante a década de 1980.

Capas de algumas edições da Game Freak (FONTE: http://fuckyeahbetapokemonart.tumblr.com/post/12726129238/since-people-were-showing-such-interest-for-it).

Como, obviamente, eram muito fãs de games, os fundadores da Game Freak resolveram montar sua própria produtora de jogos eletrônicos. Assim, em  26 de abril de 1989, nascia a Game Freak, Inc.

Um dos primeiros jogos da produtora foi um game de ação/puzzle para o Famicom (nome do NES no Japão) chamado "Quinty". Ele foi desenvolvido em conjunto com uma produtora chamada KID e publicado no Japão pela famosa Namco. O relativo sucesso fez com que uma conversão fosse lançada para o mercado americano, entitulada "Mendel Palace", cuja publicação na América do Norte ficou por conta da também famosa Hudson Soft. O game foi o primeiro no qual Satoshi Tajiri assumiu a função de designer.

Capa de Mendel Palace, um dos primeiros games desenvolvidos pela Game Freak (FONTE:http://timewarpgamer.com/consoles/nes/mendel_palace.html).

Em 1991, a Game Freak teria seu primeiro "flerte" com o console que veria a ser o grande responsável pelo seu maior sucesso, o Game Boy.  Isso ocorreu com o lançamento do game "Yoshi's Egg" (conhecido nos EUA apenas como Yoshi), um puzzle no estilo "Tetris" com o famoso dinossauro verde da Nintendo. Além da versão para o portátil, ele também ganhou uma versão para o NES, ambas lançadas simultaneamente.

Tela de jogo de "Yoshi's Egg" para o Game Boy (FONTE:http://www.racketboy.com/retro/best-undiscovered-gameboy-game-boy-color-games).

Apesar de ainda lançar mais um game para o portátil em 1994 (Nontan to Issho! Kuru-Kuru Puzzle), a Game Freak estava envolvida no desenvolvimento de algo muito mais ambicioso...

Satoshi Tajiri (1965- ) cresceu em Machida, uma região metropolitana de Tóquio. Apesar da proximidade com a capital japonesa, a cidade ainda mantinha uma atmosfera rural na época da infância de Satoshi. E era explorando os aredores de sua casa, que o menino desenvolveu um hobby: colecionar insetos. Inspirado pelas séries tokusatsus que ele assistia na televisão, como Ultraman, o garoto imaginava lutas entre seus insetos, tal qual as lutas entre os monstros emborrachados que ocorriam nos seriados. Satoshi tinha uma coleção tão grande de insetos, reunidos em potes de vidro, que seus colegas de infância lhe apelidaram de "Dr. Bug" (Dr. Inseto). E o desejo do menino era se tornar um entomologista (especialista em insetos) quando crescesse. Como a vida muitas vezes acaba mudando nossos rumos, Tajiri optou pelo caminho dos games, mas isso não fez com que esquecesse sua antiga paixão...

Satoshi Tajiri brincando com um Game Boy gigante (FONTE:http://www.racketboy.com/retro/best-undiscovered-gameboy-game-boy-color-games).

 Inspirado pelo acessório do Game Boy chamado "Game Link Cable" (que permitia a troca de informações entre dois Game Boys), Satoshi imaginou o conceito de um jogo em que os jogadores pudessem fazer coleções e trocas entre si, de modo a criar uma experiência cooperativa e, de certa forma, ajudar o gamers a se socializarem entre si, abandonando a ideia de que jogar no Game Boy fosse uma experiência solitária. Para isso, ele lembrou-se de sua infância e sua coleção de insetos.

Através de uma mistura de influências, Satoshi e a equipe da Game Freak começaram a conceber um game que prometia revolucionar o Game Boy, dado sua complexidade e ambição.

Originalmente o projeto recebeu o nome de "Capsule Monsters". A inspiração seria o antigo (e famoso) tokusatsu chamado "Ultra Seven", no qual o herói contava com monstros para ajudá-lo nas batalhas e os mantinha guardado em cápsulas. Porém, devido a problemas com direitos autorais, o nome teve que sofrer modificações tornando-se "CapuMon" e "KapuMon", até adotar o nome definitivo de "Pocket Monsters" (monstros de bolso).

Ken Sugimori (1966- ), fiel amigo de Tajiri, ficou sendo o responsável por desenvolver o design dos monstros. E, auxiliado por uma pequena equipe de menos de 10 pessoas, ele concebeu a imagem dos 151 pocket monsters originais. Além dos designs dos personagens e objetos do mundo pokémon.

Ken Sugimori, o desenhista oficial de Pokémon (FONTE:http://www.listal.com/viewimage/1792006).

Por fim, Junichi Masuda (1968- ) usou e abusou da potência sonora do Game Boy para compor as músicas e "vozes" dos monstrinhos.

Junichi Masuda, o compositor de Pokémon (FONTE:http://ocremix.org/artist/281/junichi-masuda).

Após um longo desenvolvimento, "Pocket Monsters" finalmente ganhou as lojas no ano de 1996 com não uma, mas duas versões: "Pocket Monsters Aka" (Vermelho) e "Pocket Monsters Midori" (Verde). 

A caixa original de Pokémon Red (FONTE: http://bulbapedia.bulbagarden.net/wiki/Pok%C3%A9mon_Red_and_Green_Versions).

A caixa original de Pokémon Green (FONTE:http://bulbapedia.bulbagarden.net/wiki/Pok%C3%A9mon_Red_and_Green_Versions).

O lançamento simultâneo de duas versões do mesmo jogo refletiam a ideia de Tajiri: a troca de monstros via cabo Game Link. Uma vez que cada versão trazia alguns monstros exclusivos, o único modo do jogador conseguir capturar os 151 monstros era através da troca com outros jogadores que tinham uma versão diferente. Os jogadores aprovaram a ideia e logo os games esgotaram nas lojas.

"Pocket Monsters" foi um sucesso imediato e, pode-se dizer, que uma salvação para o Game Boy. A própria Nintendo já não acreditava que o seu portátil pudesse ter mais algum potencial para ser explorado. Mas a Game Freak mostrou que nas mãos certas, o hardware do Game Boy poderia render um excelente jogo.

O sucesso dos games logo chamou a atenção da Nintendo americana. Porém, para que o game fosse lançado em solo americano, era necessário realizar uma conversão (com o perdão do trocadilho) monstruosa. Afinal, eram 151 personagens para terem seus nomes adaptados para o público americano. Além do que, a Game Freak havia criado os Pokémons e seus nomes baseados em suas próprias características, sendo que muitos nomes só faziam sentido na língua japonesa. 

Enquanto a Nintendo lidava com este "pepino", as altas vendas do game no Japão influenciaram a criação de uma terceira versão: "Pocket Monsters Ao" (Azul). Esta versão foi lançada como uma edição especial disponível para os assinantes da revista CoroCoro Comic (da Editora Shogakukan). Ela trazia uma versão "melhorada" do jogo, com novas artes e falas, além de nova localização dos Pokémons.

A caixa original de Pokémon Blue (FONTE: http://www.tumblr.com/tagged/boxart?before=1341936953).

Como todo grande sucesso no Japão, não demorou muito para que Pokémon chamasse a atenção dos estúdios de animação. E já em 1997,  "Pocket Monsters" ganhava uma série em anime pelo estúdio OLM, Inc., com o apoio da própria Nintendo, além da Tv Tokyo e a editora Shogakukan. Os principais integrantes da equipe que desenvolveu o jogo (Satoshi Tajiri, Ken Sugimori e Junichi Masuda) ainda ficaram com o cargo de produtores do anime. Bom, aguardem mais detalhes neste no "Lado B" ;)

Enquanto a febre Pokémon só aumentava no Japão, o responsáveis por traduzir o game para o inglês perceberam que não adiantaria fazer uma simples tradução, devido a complexidade do jogo e seu script de programação. De modo que, eles teriam que praticamente refazer o game para seu lançamento no mercado americano (e mundial).

Hiro Nakamura (que não é o personagem de "Heroes" :P), um dos funcionários da Nintendo, liderou uma pequena equipe responsável por adaptar cada um dos nomes dos Pokémons para o público ocidental. Além disso, a equipe responsável pela adaptação resolveu utilizar a arte de Pokémon Blue (mais bonita do que dos games originais) na versão norte americana. Porém, manteve-se a localização original dos Pokémon, respeitando-se as versões Red e Green.

Finalmente, no ano de 1998,  o game foi lançado nos EUA, chamando-se apenas "Pokémon". As versões foram Red e Blue, invés da Green. Como naquela altura Pokémon já possuia até anime, a equipe de marketing da Nintendo of America aproveitou a série para promover os jogos, realizando uma verdadeira jornada pelo país divulgando a nova marca.

O resultado foi uma repetição da febre que ocorreu no Japão, só que agora em escala mundial. E o resto, como dizem, é história...

Depois desta mega introdução, vamos agora avaliar o jogo em si?

Aviso: vou falar das versões em inglês!

- O mundo de Pokémon: 

Prof. Oak  se apresenta (FONTE: http://www.pokecommunity.com/showthread.php?t=234674).

O jogo começa com uam breve introdução do mundo de Pokémon. Professor Oak (Carvalho, em inglês) nos explica que naquele mundo existem criaturas com poderes fantásticos chamados Pokémon e que algumas pessoas as utilizam em batalhas. Ele também explica que é um pesquisador de Pokémons e também é conhecido como "Professor Pokémon" (alguém mais se lembrou do apelido de infância de Tajiri?). Por fim, ele pede que o jogador nomeie o personagem principal e também seu rival (o neto de Oak).

A arte original do protagonista do game, por Ken Sugimori (FONTE:http://lazyassgamer.com/top-10-silent-protagonists).

Feito isso, Oak te deseja uma boa sorte e o game começa para valer. 

O personagem principal é um garoto de 10 anos que vive na cidade de Pallet com sua mãe. Ele é vizinho do Professor Carvalho e logo no começo do jogo sua mãe lhe informa que o homem o quer ver. Indo até o laboratório, o Professor explica que após uma vida dedicada a pesquisa dos Pokemons, ele já está velho para realizar seu maior sonho: percorrer o mundo e capturar todos os monstrinhos que existem. Por isso, ele resolve passar essa missão para você (o protagonista) e seu neto (o rival). Para isso ele dispõe de três Pokémons e pede que você escolha um deles para iniciar sua jornada.

Charmander, Bulbassaur e Squirtle (FONTE:http://dingoobr.forumeiros.com/t2466-dingoo-from-the-past-3-pokemon-red-blue-gb).

Estes são um tipo de rã de planta, chamado Bulbassaur. Um largato de fogo, chamado Charmander. E uma tartaruga de água, chamada Squirtle. Essa primeira decisão é muito importante, pois estes três Pokémons só podem ser obtidos aqui no laboratório e o jogador não poderá capturá-los. Assim, a única forma de obter os outros dois é trocando com outro jogador. O trio também demonstra um equilíbrio entre si, tal qual no jogo de Jokenpo (Pedra, Papel e Tesoura). "Como assim?", você pergunta. Eu explico: no mundo de Pokémon, como em qualquer RPG, cada monstrinho tem atributos próprios, divididos em HP (pontos de vida), Atk (ataque), Def (defesa), Spd (velocidade) e Atk Sp (ataque especial), que vão evoluindo conforme se ganha experiência e se passa de nível. Porém, há ainda um outro sistema de vantagens. Ele funciona do seguinte modo: cada Pokémon possui um atributo especial (às vezes mais de um) que reflete sua natureza. Por exemplo: Charmander é um Pokémon de Fogo, isso lhe dá ataques do tipo Fogo, mas, faz com que ele seja fraco contra ataque do tipo Água (como os de Squirtle). Só que, como eu disse antes, existe um grande equilíbrio entre os atributos, de modo que nenhum personagem é absoluto contra outros, mesmo que tenham níveis diferentes.  E existem muitos outros tipos, tal qual Pokémons do tipo Normal, Voadores, Insetos,etc.

Então, assim como você fizer sua escolha, seu rival sempre optará por um Pokémon que tenha uma vantagem natural contra o seu. Assim se, por exemplo, você escolher o Squirtle (meu favorito ^^), seu rival vai escolher o Bulbassaur, que é do tipo Planta e é forte contra o tipo Água.

Você, seu rival e o Professor Carvalho no laboratório (FONTE: http://www.retrobits.com.br/analises/pokemon-o-inicio-da-febre).

Continuando com a história, descobrimos que o Professor desenvolveu um tipo de enciclopédia eletrônica de Pokémons, chamada Pokédex (Pokéagenda). Só que tem um porém: para preenche-la completamente com os dados dos Pokémons, é preciso capturar cada um deles. E essa é sua missão: capturar todos os 151 Pokémons! :D

Além disso, no decorrer do game, tomamos conhecimento da Elite 4 e os Gym Leaders: nas cidades espalhadas pelo mundo do game existem ginásios (Gyms) onde treinadores Pokémon aguardam para serem desafiados. Ao todo são 8 líderes de ginásio (Gym Leaders) e cada um deles, quando vencido, concede uma insígnia (badge) para o personagem principal. Após reunir as 8 insígnias, é possível acessar uma área do mapa chamada "Indigo Plateau" (Platô Índigo) onde a Elite 4, os quatro maiores treinadores Pokémon do mundo, estarão te esperando. E vencer eles, significada se tornar um verdadeiro Mestre Pokémon, que é seu objetivo final. Mas isso não será nada fácil... principalmente porque durante sua jornada, além de ter que enfrentar seu persistente rival, o protagonista ainda terá que enfrentar uma gangue de criminosos chamada Equipe Rocket, que rouba Pokémons para utilizar em seus planos.

- A jogabilidade: 

Uma batalha contra um líder de ginásio (FONTE:http://pokemondungeon.net/red-blue-and-yellow/).

Pokémon segue o esquema de um RPG tradicional, com batalhas em turnos, ganho de experiência, etc. Com a diferença que as batalhas ocorrem unicamente entre os monstrinhos. Por falar nisso, existem dois tipos de batalha: contra Pokémons selvagens e contra treinadores. Felizmente, diferente da maioria dos RPG's, em Pokémon não temos batalhas aleatórias no mapa (salvo quando estamos dentro de alguma caverna). Só é possível encontrar os Pokémons em áreas de grama alta ou no mar, em lagos (além das já citadas cavernas). Assim, é possível se esquivar das batalhas quando não se deseja lutar (claro que existem ocasiões em que se é impossível desviar dos locais citados).

Nas batalhas contra Pokémons selvagens, é possível capturar o monstrinho com um item chamado Pokeball (Pokébola), que é uma cápsula para armazenar as criaturas (dai o nome do jogo ¬¬). Porém, para que a captura ocorra é necessário antes enfraquecer o alvo. Para isso você coloca seu próprio Pokémon para lutar contra ele e diminuir sua barra de HP. Quando esta estiver menor, pode-se arriscar atirar uma Pokébola. Alterações no status do alvo também ajudam na captura (como paralisar, envenenar, por para domir, etc). Contudo é preciso tomar cuidado para não exagerar na dose: se um Pokémon selvagem perder todo seu HP (for nocauteado) você perde a chance de capturá-lo (acredite, isso te deixará muito bravo se o Pokémon em questão for raro de se encontrar). 

Tela de batalha (FONTE: http://obsoletegamer.com/pokemon-red-blue-gameboy/).

Já as batalhas contra treinadores ocorrem com NPC's no mapa ou os líderes de ginásio. Nela é hora de usar todas as estratégias que você aprendeu lutando contra Pokémons selvagens e derrotar seu oponente para obter, além de experiência, dinheiro para comprar itens. Por falar em experiência, como já disse antes os Pokémons ganham pontos dela após cada batalha, como nos RPGs tradicionais. Após passar de nível, é possível aprender novos ataques ou... evoluir! Isso mesmo, se baseando na Teoria da Evolução de Darwin, Tajiri elaborou um sistema de evolução, onde os monstrinhos de bolso, após chegar à um determinado nível, se transformam em uma nova forma, mais poderosa (como mudanças drásticas em seus status, além da possibilidade de aprender novos ataques). A evolução pode até modificar a natureza de um Pokémon! Porém, alguns Pokémons só evoluem se submetidos a condições especiais. Alguns só evoluem com o uso de pedras elementais, a venda em lojas. Sendo que outros só atingem sua forma final se forem trocados entre dois Game Boys, pelo cabo Game Link.

Charmander e suas evoluções, Charmeleon e Charizard (FONTE: http://nihon-brasil.blogspot.com.br/2010/12/pokemon-gameboy-sound-collection-ost.html).

Cada treinador só pode carregar 6 Pokémons de uma vez, de modo que todos os outros que você capturar serão armazenados em um computador. Este pode ser acessado em qualquer um dos Pokémon Centers (Centro Pokémons) espalhados pelas cidades. Por falar neles, este são um tipo de hospital onde você pode curar seus Pokémon, além de armazenar os itens e monstrinhos nos PCs.

Já que citamos limitações, cada Pokémon só pode ter 4 ataques, de modo que se você desejar que ele aprenda um novo, terá que esquecer um dos antigos. Por falar nisso, os ataques podem ser aprendidos passando se de nível, mas também através de itens chamados TM e HM (Tech Machine e Hidden Machine, respectivamente). Estes ensinam ataques aos Pokémons, sendo que os HM são ataques especiais, pois podem ser utilizados fora da batalha, para realizar ações no mapa (como nadar, voar,cortar árvores,etc.). Ah, mas os HM não podem ser esquecidos de modo comum :S

- Gráficos e som: 

FONTE: http://www.virginmedia.com/games/inpictures/bestsellers.php?ssid=11

Os gamers mais novos, acostumados com gráficos em 3D, provavelmente vão achar os gráficos de Pokémon péssimos. Mas acreditem: Pokémon é um dos jogos mais bonitos do Game Boy! A Game Freak foi capaz de extrair o máximo do portátil, tanto nos gráficos quanto na parte sonora. Mesmo com as limitações do console de 8-bits, Junichi Masuda foi capaz de compor uma trilha sonora incrível, e que fica na mamória de qualquer um que tenha jogado Pokémon. Tanto é que a trilha é a base para muitas músicas do anime. Exemplo clássico é o tema de abertura do jogo, uma marcha que muitos fãs com certeza reconhecem e cantam até hoje.

- Pokémon Yellow: 

FONTE: http://pokemon.wikia.com/wiki/Pok%C3%A9mon_Yellow

Devido ao sucesso do anime, em 1998 foi lançada uma edição especial do game, entitulada "Pokémon Yellow". Esta trazia modificações para deixar o jogo mais parecido com a história da série animada. O protagonista começava com Pikachu, que o seguia fora da Pokébola durante todo o game (como no anime). Além disso, é possível interagir com Pikachu e ver o que está sentindo, através de uma janelinha com seu rosto que aparece quando o protagonista fala com o monstrinho. E assim como no anime, é possível capturar os três Pokémons iniciais (Bulbassaur, Squirtle e Charmander).

Seu rival agora possui um Eevee (que evolui para uma das três formas possíveis de acordo com as batalhas que você ganha ou perde dele). E a Equipe Rocket do anime (Jessie, James e Meowth) está presente. Houve também alteração nos locais onde alguns Pokémons são encontrados, além de novas artes.

- A semente do sucesso: 

As três gerações de games e os remakes (FONTE:http://www.boards.ie/vbulletin/showthread.php?t=2055359592&page=131).

Não há dúvida alguma que Pokémon é um sucesso na história dos games e tudo isso começou nestes dois jogos para o Game Boy, ainda em preto e branco. Hoje em dia a franquia já conta com mais de 4 sequências (todas com no minímo dois títulos cada), além de um remake das versões Red e Green para o Game Boy Advance (o sucessor do Game Boy) e spin-offs nos portáteis e outros consoles da Nintendo. Isso sem falar do anime, dos mangás, filmes, brinquedos,etc.

Infelizmente, nunca tive o cartucho original de Pokémon (tendo que jogar via emulador), apesar de ter um Game Boy surrado aqui em casa,rs. Mas posso dizer que estas pequenas pérolas do Game Boy revolucionaram não só o mundo dos games no Brasil, mas também o mundo dos animes e mangás, e (indo mais além) até a forma como assimilamos a cultura japonesa. De modo que, são obrigatórios para todos aqueles que curtam isso que citei. E, é claro, para todos que curtem um bom game RPG e respeitam os clássicos,rsrs.

Não percam, em breve, o "Lado B" com o anime!

Obrigado! E comentem!

Até mais!

FONTE: A maioria das informações aqui usadas foram retiradas do artigo em inglês da Wikipédia sobre Pokémon Red e Blue, além de suas ramificações.

Link: http://en.wikipedia.org/wiki/Pok%C3%A9mon_Red_and_Blue

P.S.: Esqueci de citar, mas o 151º Pokémon (o Mew), originalmente foi distribuído apenas em eventos oficiais da Nintendo. Apesar que via um bug do game, é possível obtê-lo ;)